domingo, 12 de agosto de 2012

Zé Roberto leva 3º ouro com psicologia, carinho e superstição



José Roberto Guimarães, 58, pode dizer que recebeu o sinal de que chegaria ao ouro antes mesmo de entrar na Vila Olímpica de Londres. Enquanto sua credencial era checada, olhou para o lado e viu um homem corcunda. Na hora, veio o estalo.

Para os supersticiosos, repetir roteiros de sucesso é obsessão. Quando sua meta é se transformar no primeiro brasileiro a conquistar três ouros em Olimpíadas, essa mania pode chegar ao extremo.

Em Barcelona, 20 anos atrás, ele havia encontrado um garçom corcunda em um restaurante antes dos Jogos. "E quando você encontra um, tem que passar a mão nas costas e fazer um pedido. Pensei: 'Tenho que tocar nesse cara, mas como?'", contou.

Se fez o gesto em Barcelona e se tornou o primeiro campeão olímpico do país em um esporte coletivo, tinha de repetir o mesmo em Londres.

O treinador pediu ajuda a um funcionário do Comitê Olímpico Brasileiro, que lhe deu um pin, pequeno broche com a logo da delegação. "Mas aí o corcunda sumiu. Eu fiquei alucinado. De repente, ele voltou. Eu dei o pin para o cara e passei as mãos nas costas", disse, rindo.

Premonição ou não, o homem que se desdobrou para passar a mão nas costas de um corcunda estava no sábado de novo com o ouro no peito.

Não literalmente, porque técnico não ganha medalha. Mas a atacante Natália, 23, mais jovem da equipe, colocou-a no pescoço do treinador de forma simbólica, durante a festa na quadra.

Zé Roberto, que desde 2003 tenta "desvendar as mulheres" para comandar a seleção, teve um de seus mais difíceis testes em Londres. Em Barcelona-1992, ele foi campeão com os homens.

Após superar o trauma da semifinal para a Rússia em Atenas-2004 e dar a volta por cima com o ouro quatro anos depois, em Pequim, ele quase viu seu time cair na primeira fase. As jogadoras estavam abatidas, no fundo do poço.

"Quando eu achava que as coisas estavam ruins, pioraram. Ele tinha duas opções: uma era cobrar, exigir, buscar soluções. E a outra era dar a mão", afirmou Fabi. "Quando você vê um cara experiente dizendo que estava ali disposto a dar a mão, nós vimos que não estávamos sozinhas. Talvez tenha sido o maior mérito dele."

Zé Roberto já havia dito que, em meio à crise, percebeu que as atletas não precisam de mais cobranças.

Neste sábado, tentou se controlar. Deu broncas, mas também vibrou e pediu calma centenas de vezes. Pedido que ele talvez também estivesse precisando ouvir. "Era um grito e um 'valeu'. Ele foi impressionante", afirmou a levantadora Dani Lins.

O contrato do técnico com a confederação acabou ontem. Ele dirigirá um time em Campinas e não conversou sobre renovação. "Não vou pensar nisso agora."

E, antes de pensar em contrato, Zé Roberto terá de cumprir outros compromissos. Sua mulher, Alcione, passou ontem três horas e meia na igreja e, como ele, terá muitas promessas a pagar.

"Nunca rezei tanto. Nunca pedi tanto", afirmou o agora tricampeão olímpico. 

Psicologia



A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo), cabe agora definir tais termos:
  • Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.
  • Comportamento é a atividade observável (de forma interna ou externa) dos organismos na sua busca de adaptação ao meio em que vivem.
  • Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção - ao contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto.
  • Os processos mentais são a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base.
Como toda a ciência, o fim da psicologia é a descrição, a explicação, a previsão e o controle do desenvolvimento do seu objeto de estudo. Como os processos mentais não podem ser observados mas apenas inferidos, torna-se o comportamento o alvo principal dessa descrição, explicação e previsão (mesmo as novas técnicas visuais da neurociência que permitem visualizar o funcionamento do cérebro não permitem a visualização dos processos mentais, mas somente de seus correlatos fisiológicos, ou seja, daquilo que acontece no organismo enquanto os processos mentais se desenrolam). Descrever o comportamento de um indivíduo significa, em primeiro lugar, o desenvolvimento de métodos de observação e análise que sejam o mais possível objetivos e em seguida a utilização desses métodos para o levantamento de dados confiáveis. A observação e a análise do comportamento podem ocorrer em diferentes níveis - desde complexos padrões de comportamento, como a personalidade, até a simples reação de uma pessoa a um sinal sonoro ou visual. A introspecção é uma forma especial de observação (ver mais abaixo o estruturalismo). A partir daquilo que foi observado o psicólogo procura explicar, esclarecer o comportamento. A psicologia parte do princípio de que o comportamento se origina de uma série de fatores distintos: variáveis orgânicas (disposição genética, metabolismo, etc.), disposicionais (temperamento, inteligência, motivação, etc.) e situacionais (influências do meio ambiente, da cultura, dos grupos de que a pessoa faz parte, etc.). As previsões em psicologia procuram expressar, com base nas explicações disponíveis, a probabilidade com que um determinado tipo de comportamento ocorrerá ou não. Com base na capacidade dessas explicações de prever o comportamento futuro se determina a também a sua validade. Controlar o comportamento significa aqui a capacidade de influenciá-lo, com base no conhecimento adquirido. Essa é parte mais prática da psicologia, que se expressa, entre outras áreas, na psicoterapia.
Para o psicólogo soviético A. R. Luria, um dos fundadores da neuropsicologia a psicologia do homem deve ocupar-se da análise das formas complexas de representação da realidade, que se constituíram ao longo da história da sociedade e são realizadas pelo cérebro humano, incluindo as formas subjetivas da atividade consciente sem substituí-las pelos estudo dos processos fisiológicos que lhes servem de base nem limitar-se a sua descrição exterior. Segundo esse autor, além de estabelecer as leis da sensação e percepção humana, regulação dos processos de atenção, memorização (tarefa iniciada por Wundt), na análise do pensamento lógico, formação das necessidades complexas e da personalidade, considera esses fenômenos como produto da história social (compartilhando, de certo modo com a proposição da Völkerpsychologie de Wundt (ver mais abaixo "História da Psicologia") e com as proposições de estudo simultâneo dos processos neurofisiológicos e das determinações histórico-culturais, realizadas de modo independente por seu contemporâneo Vigotsky).
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