Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto
Carvalho; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, receberam na manhã desta quinta-feira cerca de 2 milhões de
assinaturas contra o texto do Código Florestal aprovado pela Câmara dos
Deputados, que está sob análise da presidente Dilma Rousseff.
Dilma tem até amanhã para decidir sobre o que fazer com o texto. A
versão da Câmara desagradou ao Planalto, que preferia a versão do Senado
Federal, considerada mais equilibrada entre as reivindicações de
ambientalistas e ruralistas.
"Essa reunião tem, sem dúvida, um lado histórico. A presidenta ter
pedido para três ministros ouvirem o que 2 milhões de pessoas disseram
mostra que faz diferença elas se mobilizarem", disse o diretor de
campanhas da organização internacional Avaaz, Pedro Abramovay. A Avaaz é
uma organização global de campanhas que possui mais de 1,5 milhão de
membros no País.
De acordo com Abramovay, mais de 300 mil assinaturas são de brasileiros
- franceses, alemães e holandeses também demonstraram preocupação com
as consequências do texto do Código aprovado pela Câmara. As assinaturas
não foram impressas às autoridades. Em vez disso, foi entregue uma foto
de uma página na internet indicando a contagem do número de
assinaturas.
"O texto aprovado é um texto horrível. É muito difícil pensar uma
solução que respeite algum pedaço desse texto, é o texto do
desmatamento. A gente quer o veto total ao desmatamento. Esse texto com
aquilo que está lá tem de ser inteiramente rechaçado", criticou. "Sem
dúvida, agora vamos acompanhar vigilantes e observando para saber se a
decisão que a presidenta Dilma vai tomar é uma decisão a favor da
motosserra ou se é uma decisão a favor do desenvolvimento sustentável."
Entre os assinantes estão a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o
cineasta Fernando Meirelles, de "Cidade de Deus" e "O jardineiro fiel".
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