domingo, 3 de novembro de 2013

Psicólogos querem trabalhar em delegacias de plantão em MS

Polêmica surgiu após falta de profissionais nos Conselhos Tutelares.Titular da Depac de Campo Grande diz que não é necessária a presença.

 

A falta de psicólogos nos Conselhos Tutelares de Campo Grande diante do caso de tortura e agressão a uma criança de dois anos levantou, nesta semana, a questão da necessidade da presença desses profissionais nas delegacias de Polícia Civil, como mostrou a reportagem do Bom Dia MS desta sexta-feira (1º).
Apesar de não existir uma lei que determine a presença de psicólogos nas delegacias plantonistas, cerca de 80% dos casos registrados que envolvem crianças e adolescentes precisam de acompanhamento psicológico. A Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Depca) registrou, até outubro de 2013, cerca de 1,1 mil boletins de ocorrência.
O titular da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), Fernando Nogueira, considera importante o trabalho dos psicólogos nas delegacias plantonistas, mas acredita que a presença dos profissionais não é necessária diariamente.

 "Como o psicólogo é um braço, uma ferramenta da investigação, não necessariamente ele teria que ter uma sala dentro da unidade policial. O fato de você ter um psicólogo que possa auxiliar a polícia em determinados laudos e determinadas investigações já é o suficiente como uma das ferramentas de investigação", explicou.

Ainda segundo Nogueira, para conseguir um laudo psicológico durante as investigações, a polícia faz um pedido na Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul ou no conselho de psicologia, que pode indicar o profissional.
Em contrapartida, a presidente do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP-MS), Norma Cosmo, acredita que os psicólogos deveriam trabalhar nas delegacias.
"Somos a favor porque entendemos ser importante a presença desse profissional principalmente no que tanje à construção dos laços sociais. Não pensando a segurança pública na perspectiva de combate à criminalidade, mas superando isso ", afirma.
Sobre o caso da menina que foi agredida e torturada pelo namorado da mãe, a presidente do conselho de psicologia diz que a presença do profissional na delegacia poderia contribuir com a investigação desde o início."Se nós tivéssemos um profissional de psicologia, este conteúdo e essa acolhida a esta pessoa, poderia se reorganizar, a pessoa poderia se sentir muito melhor, até para o andamento da investigação", analisa.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

............

Postagens Populares