Jhéssica de Jesus Lopes1
Talita Peixoto de Figueredo2
Matheus de Oliveira Silva3
Márcia Vieira Alves4
Rita de Cássia Santana Januário5
RESUMO
A adolescência compreende todas
as mudanças sociais e emocionais dessa faixa etária. Os processos de reflexões
são de extrema importância na descoberta de muitos assuntos na adolescência, e
a sexualidade na adolescência deve ser trabalhada com cuidado. O intuito aqui é
promover um debate, embasado nas discussões e nas pesquisas bibliográfica onde
embasamos para produzir o Workshop. Foram explanados os subtemas implicações de
uma gravidez, implicações para a mãe e o bebê, impacto familiar e como prevenir.
Importante lembrar que essa etapa é justamente aquela na qual estruturamos
nossa identidade, uma fase em que se altera a visão de mundo a partir da
infância, que inicia- se uma orientação para a fase adulta.
Palavras
- chave: Adolescência, Família, Jovens, Gravidez.
ABSTRACT
Adolescence comprises all social and emotional changes this age group. Reflections processes are extremely important in the discovery of many subjects adolescence and sexuality in adolescence should be crafted carefully. The aim here is to promote a debate, based on discussions and bibliographical research where embasamos to produce the Workshop. Have been described subthemes implications of a pregnancy, implications for the mother and baby, family impact and how to prevent. Important to remember that this step is just one in which we structure our identity, a stage that changes the worldview from childhood, that initiative is a guide to the adult stage.
Key - words: Adolescence, Family, Youth, pregnancy.
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS) (BRILHANTE, CATRIB, 2011), a adolescência como a segunda década de
vida, ou seja, dos 10 aos 19 anos aproximadamente, sendo uma etapa do
desenvolvimento humano em que ocorre a transição entre a passagem da infância
para a vida adulta, ocorrendo várias mudanças físicas, psicológicas, biológicas
e sociais, na qual essas transformações levam a adolescência a ser uma fase
complicada da vida, gerando vários conflitos. É uma fase conflituosa devido às
transformações físicas e emocionais vivenciadas. Surge à curiosidade, os
questionamentos, a vontade de conhecer, de experimentar coisas novas ciente dos
riscos.
Segundo Papalia (2006), a
maturação sexual leva a atividade sexual precoce, pois o adolescente, que ainda
não está totalmente consciente de suas mudanças, acaba iniciando sua vida
sexual de forma descuidada, seja por pressão dos amigos ou namorado, seja como
forma de desafiar a família, enfrentando-a, entre outros motivos. Alguns
pesquisadores apontam fatores como menor estigma em relação a mães solteiras,
exaltação do sexo nos meios de comunicação, a ausência de uma mensagem clara de
que sexo e paternidade, maternidade, são para adultos, a influência do abuso
sexual de crianças e o fracasso dos pais em se comunicar com os filhos.
Além do pensamento do próprio
adolescente, a sociedade também desenvolveu opiniões sobre o tema da gravidez,
considerando-a como um risco social e um grave problema de saúde pública,
devido a sua amplitude e magnitude, como também aos problemas que dela derivam:
abandono escolar, risco durante a gravidez, conflitos familiares, aborto,
abandono do parceiro, discriminação social e o afastamento dos grupos de sua
convivência conforme (NETO, 2007).
Segundo Cervo, Bervian e da Silva
(2007, p.61), a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os
estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre
determinado tema”, Assim, através da pesquisa bibliográfica e dados no
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse trabalho visa
compreender o que leva os adolescentes a engravidarem, e quais seus motivos e
consequências. A partir daí, será realizada uma intervenção de cunho
informativo através de oficina, a qual esses adolescentes poderão interagir e
refletir a respeito do tema aqui proposto, além de desenvolver medidas
educativas visando à diminuição destas gestações.
METODOLOGIA
Para a realização deste estudo,
de caráter exploratório, foram realizadas buscas em artigos científicos, livros
e dissertações na literatura nacional, através das bases de dados eletrônicas e
biblioteca digital, no período referente ao mês de abril de 2015. Utilizaram-se
as seguintes palavras-chaves: Adolescência, Família, Jovens, Gravidez.
Através da compreensão da leitura,
foi possível realizar uma discussão teórica do tema escolhido entre a equipe a
qual objetivamos o desenvolvimento e produção desta pesquisa, visando à
reflexão sobre a temática.
Workshop será realizado no intuito de
proporcionar aos alunos uma conscientização e informação da necessidade de ter
um cuidado maior com sua vida sexual de forma que estes venham refletir a
respeito da gravidez na adolescência: principais causas e consequências.
DISCUSSÃO
O Workshop foi realizado no intuito de proporcionar aos alunos uma
conscientização e informação da necessidade de ter um cuidado maior com sua
vida sexual de forma que estes venham refletir a respeito da gravidez na
adolescência: principais causas e consequências. A atividade realizou – se na Escola
Municipal Maria Jose Lessa de Moraes, localizada na Rua Augusto Sá, n°91,
Bairro da Conceição – Ipiaú - BA, que tem como diretora Márcia Pólvora.
O público alvo foi de alunos de
7° e 8° ano com a faixa etária de 14 a 17 anos. A escolha deste público se deu
por estar dentro da faixa etária do tema proposto, visando trazer uma reflexão
a esses adolescentes a respeito do tema Gravidez na Adolescência: Principais
Causas e Consequências, visto que é um assunto atual e que, segundo fontes dos
órgãos de pesquisa (IBGE, 1999) vêm aumentando gradativamente os números de
adolescentes grávidas.
Até a década de 1970, as mulheres
de 25 a 29 anos tinham a maior participação no total de partos registrados no
país e, na década de 1980, verificou-se o crescimento da proporção de mães com
idade entre 20 e 24 anos. Na década de 1990, já era possível observar
claramente o aumento da proporção de mães adolescentes em todas as regiões
brasileiras, embora o fenômeno seja mais acentuado nas regiões Norte e
Centro-Oeste, onde os partos de mães menores de 20 anos estavam ao redor de 20%
do total em 1990. Este fenômeno tem gerado apreensão em segmentos da sociedade
e órgãos governamentais, devido à vulnerabilidade desse grupo nas questões
relacionadas a aspectos biológicos e relações com a sobrevivência das crianças
(IBGE, 1999).
A oficina foi importante também
para perceber o nível de conhecimento dos adolescentes a respeito do assunto e
como as informações são percebidas por cada um deles.
Cabe
destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se
pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas
necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E
se cabe à menina a difícil missão de carregar no ventre, o filho, durante toda
a gestação, de enfrentar as dificuldades e dores do parto e de amamentar o
rebento após o nascimento, o rapaz não pode se eximir de sua parcela de
responsabilidade.
Salientou-se que, seja para
evitar uma gravidez não programada ou para se prevenir de doenças sexualmente
transmissíveis, que os métodos anticonceptivos devem fazer parte da nossa vida.
Por estes motivos, são disponibilizados nos postos de saúde oito tipos de
métodos contraceptivos gratuitamente à população, podendo ser retirado
gratuitamente. São eles: preservativos feminino e masculino (camisinha), pílula
oral, minipílula, injetável mensal, injetável trimestral, dispositivo
intrauterino (DIU), pílula anticoncepcional de emergência (mais conhecida como
pílula do dia seguinte), diafragma e anéis medidores.
Também é importante lembrar que
tudo tem seu tempo certo de acontecer, não é preciso correria para explorar a
sexualidade tão cedo, e que essa exploração está sendo gerada pela consequência
da vida moderna, como a globalização, a velocidade das informações, as
potencialidades tecnológicas entre outros fatores. A informação é crucial para
a formação destes meninos e meninas, e nós da área de saúde devemos levar estas
informações às pessoas, de forma a trabalhar olhando o ser humano com o olhar
social.
CONCLUSÃO
Promover a reflexão
levando a informação a estes adolescentes nos tornou possível percepção de o
quanto informar é importante, para que estes não atropelem esta fase da vida
tão bela e que deve ser vivida adequadamente. Foi muito satisfatório levar este
assunto para este público, pois se sabe que mesmo em meio a inúmeras
informações proporcionadas pela mídia, pelas escolas, ainda existem as famosas
desculpas que “aconteceu”. Sendo assim nosso intuito foi promover reflexão a
cerca da gravidez nesta fase pode implicar em suas vidas futuramente e que
infelizmente a criança sofrerá as consequências também.
A eventualidade da
gravidez em uma juventude que mal começa a sair da infância pode significar uma
série de problemas de ordem, social, saúde e emocional com consequências
marcantes por toda a vida.
A gravidez precoce
tem se tornado uma grande preocupação para gestão de saúde pública. Com poucas
orientações e uma vida sexual cada vez mais precoce, muitas adolescentes estão
engravidando numa fase da vida em que se encontram despreparadas para assumir
tal responsabilidade. Notando-se que o fato da jovem engravidar envolve não só
a si, mas, sobretudo, todas as pessoas que de alguma maneira fazem parte de sua
vida.
Todavia essa etapa
é justamente àquela na qual estruturamos nossa identidade, uma etapa em que se
altera a visão de mundo a partir da infância, que é um processo que inicia- se
uma orientação para a fase adulta, onde o adolescente experimenta diversos
sentimentos que vão desde a alegria da notícia da gravidez ao desespero em
gerar uma nova vida. Diante dessas vivencias e mediante a pesquisa
bibliográfica pode se entender que o profissional de saúde e estes inclui o
Psicólogo (a) deve está atento à sensibilidade e disponível a responder perguntas
dos adolescentes ou da família. Promovendo um acolhimento que possa resultar no
adolescente e na família um apoio, bem estar físico e psicológico.
REFERÊNCIAS
BRILHANTE,
Aline Veras Morais: CATRIB, Ana Maria Fontenelle. Sexualidade na adolescência; Outubro 2011, vol 39, nº 10,
Guararapes – CEP: 60810-165 – Fortaleza (CE), Brasil.
BRASIL -
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8069.htm>
Acesso em: 22 maio 2015.
CERVO,
Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Cidades.
Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/. Acesso em: 19 Maio 2015.
NETO,
Francisco R. G. X. Gravidez na
adolescência: motivos e percepções de adolescentes. Ver Bras Enferm,
Brasília, 2007.
OPS -
Organizacion Panamericana de la Salud.
Salud reproductiva en las Américas.
Genebra: OMS, 1992.
PAPALIA,
D. Dolds, S e FELDMAN, R. Desenvolvimento
Humano. Porto Alegre: Artmed, 2006.
UPF TV –
Universidade de Passo Fundo, Canal de vídeos: Reportagem Gravidez na Adolescência,
<https://www.youtube.com/user/upftvcanal>. Acessado em: 20 de Maio 2015.
1,
2, 3, 4 e 5 Respectivamente: Jhéssica de Jesus
Lopes, Talita Peixoto de Figueredo, Matheus de Oliveira Silva, Márcia Vieira
Alves e Rita de Cássia Santana Januário, graduandos em Psicologia pela
Faculdade de Tecnologia e Ciências; Jequié-Bahia (2015).
Professor Orientador:
Mestre Verena
Santos Andrade Ferreira.
Endereços
eletrônicos:
matheusoliver0@gmail.com, jheuhtinha91@hotmail.com.br,
marcia.life.22@hotmail.com, taali.peixoto@hotmail.com e rita.janu@hotmail.com.