domingo, 29 de janeiro de 2012

História do Esporte Clube Bahia

     

O Esporte Clube Bahia, mais conhecido como Bahia é uma agremiação esportiva da cidade de Salvador, na Bahia. Atualmente se encontra na Série A do Brasileirão, para a qual subiu em 2010 após sete anos fora (Desde 2003). Seu rival é o Vitória, com quem protagoniza o clássico conhecido como Ba-Vi, que é considerado o maior da região nordeste e um dos mais conhecidos clássicos do futebol brasileiro.
Famoso pela grande fidelidade dos seus torcedores, que costumavam lotar o Estádio da Fonte Nova (demolido para dar lugar a uma moderna arena), local onde mandava suas partidas, mesmo quando estava em divisões inferiores, o clube manteve-se como uma das maiores torcidas do Brasil.
Suas maiores conquistas são o Bicampeonato Brasileiro quando conquistou em 1959 e 1988, duas Copa do Nordeste e 43 Campeonatos Baianos.
Em 2010 manteve uma média de 18 654 torcedores por jogo, o que fez que o clube fosse premiado como Torcida de Ouro 2010, prêmio concedido pela CBF.
 

Primeiros passos

Por volta de 1930, atletas de dois clubes (Associação Atlética da Bahia e Clube Bahiano de Tênis) resolveram fundar o Esporte Clube Bahia. Como Associação Atlética da Bahia e Clube Bahiano de Tênis desistiram da prática do futebol, os jogadores desses dois Clubes queriam continuar disputando torneios estaduais.
Eles se reuniram num casarão na Avenida Princesa Isabel, onde discutiram estatutos, local para treinamento e problemas financeiros. Outra preocupação era também cativar o povo para torcer para o novo filiado da Liga Baiana de Futebol. Depois de um baile comemorativo, a entrada do ano novo, em 1931, os rapazes voltaram a se reunir em plena madrugada para fundar o Esporte Clube Bahia, que no mesmo ano conquistou o Torneio Início e o Campeonato Baiano de Futebol. A princípio, Sr. Antunes Dantas (Clube Bahiano de Tênis) palpitou em colocar o nome de Atlético Baianinho, mas decidiam que teria o nome estadual. O primeiro presidente foi Waldemar Costa, um conhecido médico de Salvador, na época. Baseado no distintivo do Sport Club Corinthians Paulista, apenas trocando a bandeira de São Paulo pela bandeira da Bahia, o distintivo do Bahia é desenvolvido por Raimundo Magalhães
Em 1934, a Bahia foi a vencedora do Campeonato brasileiro de seleções estaduais e o Bahia cedeu a maioria dos jogadores que foram campeões. Na época, este era o campeonato mais importante do Brasil e a Bahia foi o único estado do Nordeste a ser campeão.
Durante muito tempo, o Bahia continuou sendo uma grande força no estado da Bahia, porém não reconhecida no Brasil, por não haver um torneio nacional, até que foi criada a Taça Brasil. Em geral, se classificavam para este torneio os campeões estaduais ou os vencedores de taças estaduais, e o Tricolor Baiano foi quem mais disputou o torneio dentre os clubes do Nordeste. Em 1959, na primeira edição do torneio, o Bahia foi o grande campeão, apesar de não ter sido o favorito na grande final contra o Santos de Pelé, o Tricolor venceu duas das três partidas decisivas deste torneio, levantando assim a Taça Brasil e a única vaga brasileira para a Taça Libertadores da América.

Pioneirismo

 

  • Primeiro clube brasileiro a ganhar o Campeonato Brasileiro
Primeiro clube brasileiro a ganhar o Campeonato Brasileiro em 1959 onde bateu na final o Santos de Pelé e Coutinho.
  • Primeiro clube brasileiro a disputar a Taça Libertadores da América
O Esporte Clube Bahia é o primeiro clube brasileiro a representar o Brasil na Libertadores, em 1960. O tricolor ainda disputou mais duas Libertadores: em 1964 e em 1989.
  • Primeiro clube brasileiro a fazer uma parceria com empresas
O Esporte Clube Bahia é o primeiro clube brasileiro a fazer uma parceira com empresas. Sua primeira parceira foi com o Banco Opportunity.
  • Primeiro clube nordestino a possuir maior média de público no Campeonato Brasileiro
O Esporte Clube Bahia é o primeiro clube nordestino a possuir melhor média de público em uma edição de campeonato Brasileiro. Na verdade, foram três vezes: em 1985, em 1986, e em 1988 quando foi campeão.
  • Primeiro clube nordestino a bater recorde de público das divisões A, B e C
O Esporte Clube Bahia é o primeiro clube nordestino a bater récorde de público em todas as divisões do Campeonato Brasileiro: em 2007, o clube estava na Série C, em colocou uma média de 40.700 torcedores na Fonte Nova, tendo em segundo lugar o Flamengo, com 37.100.
  • Primeiro clube brasileiro a ganhar uma Tríplice Coroa
O Esporte Clube Bahia é o primeiro clube brasileiro a ganhar uma Tríplice Coroa. Em 1959, ganhou o Brasileiro, o Campeonato Baiano, e o Torneio Norte-Nordeste.
  • Primeiro e único clube baiano a possuir um artilheiro no Campeonato Brasileiro
O Esporte Clube Bahia é o primeiro clube baiano a possuir um artilheiro no Campeonato Brasileiro: Léo Briglia fez 8 gols no Brasileiro de 1959, feito repetido 31 anos depois por Charles Fabian que em 1990 fez 11 gols no Brasileirão de 1990
  • Clube fundador do Clube dos 13
O Esporte Clube Bahia, é um dos 13 fundadores ao lado dos 4 grandes clubes do Rio, 4 grandes clubes de São Paulo, 2 grandes clubes de Minas e 2 grandes clubes do Rio Grande do Sul.
  • O Esporte Clube Bahia é o único clube baiano a ter um artilheiro na série B.
Uéslei marcou 25 gols no Campeonato Brasileiro de Futebol de 1999.
  • Primeiro Clube nordestino a chegar na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior
Enfrentando o Flamengo na final de 2011, porém perdeu por 2 a 1 e ficou com o segundo lugar.
 


1957-1970: O começo de um clube campeão

Foi o primeiro clube brasileiro a participar da Taça Libertadores da América, em 1960. Entre 1959 e 1963 e também em 1968, o Bahia foi o único representante do estado da Bahia na Taça Brasil, conseguindo a conquista de 1959, dois vices (1961 e 1963), um quinto lugar (1960) e um sexto (1968), tendo o décimo lugar de 1962 sido a sua pior participação na história deste torneio, que era disputado nos moldes da Copa do Brasil. Em 52 partidas disputadas nas edições citadas, o Bahia obteve 29 vitórias, 12 empates e 11 derrotas, 76 gols a favor e 53 contra. Diferente dos clubes cariocas e paulistas, o Bahia disputou todas as fases destas competições, sem entrar nas semifinais como os clubes paulistas sempre fizeram, e os clubes cariocas fizeram a partir de 1961.
Em 3 edições que participou do Torneio Roberto Gomes Pedrosa já não foi tão bem, e suas melhores colocações foram o 11º lugar, em 1969 e 1970, muito significativas dado o alto nível de um torneio que só reunia grandes clubes, em uma época em que os melhores jogadores ainda atuavam no Brasil.


1971-1980: O início da era “Nasceu para vencer”

Em 3 edições que participou do Torneio Roberto Gomes Pedrosa já não foi tão bem, e suas melhores colocações foram o 11º lugar, em 1969 e 1970, muito significativas dado o alto nível de um torneio que só reunia grandes clubes, em uma época em que os melhores jogadores ainda atuavam no Brasil.
Participou do primeiro Campeonato Brasileiro, onde só sairia em 1999, com seu primeiro rebaixamento para a série b. Foi nele, que o tricolor chegou a trazer Dadá Maravilha, revelou futuros craques como Bobô, Baiaco, Beijoca, etc, o verdadeiro Esquadrão de Aço.
No Campeonato Baiano, o Bahia conquistou seu heptacampeonato baiano, sete vezes seguidas campeão estadual, um dos maiores recordes de sequências de títulos estaduais no Brasil.


1980-1990: Campeão dos Campeões

A partir de 1980, o Bahia começava a se projetar e crescer nacionalmente. Grandes nomes como Bobô, Charles Fabian, Zé Carlos, Beijoca, são exemplos de revelações e destaques do Bahia nesta década, alguns sendo até convocados para a Seleção. O Bahia foi um dos maiores clubes do Brasil nesta década, pois conquistou vários títulos em 10 anos, e se firmou como uma das maiores potências do futebol nacional.
Com o tempo, o time foi crescendo, e em 1988, realizou o seu maior feito, e também o maior feito do futebol baiano e nordestino. Ele foi Campeão Brasileiro de 1988, bicampeão brasileiro, batendo times como Internacional, Fluminense, Santos, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, etc. Estreou empatando por 1x1 com o Bangu no tempo normal. Depois, iniciou sua arrancada rumo a classificação. Sua primeira vitória na competição veio na segunda rodada, contra o seu maior rival, o Vitória. O jogo contra o Corinthians, no 2º turno, foi um dos mais emocionantes da competição. No jogo, a torcida tricolor forçou a saída de Renato e o Bahia cresceu de produção. O veloz Marquinhos substituiu Bobô e Charles substituiu Sandro nos últimos 15 minutos da partida. O anjo fez um a belíssima jogada e marcou um dos gols mais bonitos da rodada, e um dos mais bonitos da competição. Foi aí que Charles passou a ser conhecido com o Anjo aos 45’. Outra grande partida do tricolor na campanha de 1988, foi a goleada de 5x1 sobre o Santos, que tinha sido campeão paulista e, nesta partida, marcava a estreia de Sócrates, o Doutor.
Neste campeonato, o Bahia também teve o maior público da Fonte Nova, com mais de 110.000 pagantes, no 2º jogo das semifinais do Brasileiro de 1988, Bahia x Fluminense, em que o esquadrão de aço venceu de virada o tricolor carioca por 2x1. Este jogo foi um dos mais emocionantes da história da Fonte Nova, pois além de ter sido o de maior público, em campo, tiveram muitas emoções. Na final, além do poderoso Inter, que tinha Falcão, Luís Carlos Winck, Taffarel, etc, e Abel Braga como técnico, o Tricolor tinha também de enfrentar a imprensa, já que ela já colocava, desde antes da final, o Inter como campeão, por ter feito a melhor campanha até então. O Colorado chegou a final com a vantagem de dois empates. O Bahia tinha a necessidade de reverter isso para ele. No 1º jogo, na Fonte Nova, o Bahia dominou totalmente. O Inter apenas explorava os contra-ataques. No primeiro tempo, o jogo foi bem disputado, e após grande pressão do Tricolor de Aço, foi o Inter quem abriu o marcador, com Leomir, aos 19 minutos do primeiro tempo. Isso não desanimou a torcida e o time. E o empate veio com um gol de Bobô, de cabeça. No segundo tempo, o Bahia veio com mais disposição, e Bobô, (de novo ele,, sempre ele) virou o jogo, com um gol emocionante. No segundo jogo, o Bahia foi com raça e amor a camisa, e segurou um 0x0, sem muita pressão do poderoso Inter, que estava desesperado em campo. O Bahia se tornava Campeão Brasileiro de 1988.
O Esquadrão de Aço disputou também sua terceira Libertadores no ano de 1989, onde fez uma belíssima campanha. Na primeira fase, em 6 jogos, venceu 4 e empatou 2, terminando-a invicto. Nas oitavas de final, enfrentou o Universitário, do Peru, e passou sem dificuldade. Ele tinha a melhor campanha da competição até então (inclusive o vice-campeão, o Olímpia, do Paraguai, terminou a competição com a mesma pontuação do Tricolor). Nas quartas -de-final, no Beira-Rio, perdeu para o Inter por 1x0, e no segundo jogo, na Fonte Nova, empatou por 0x0, e foi eliminado. O Bahia havia feito sua melhor participação na Libertadores, terminando em 5º na classificação geral.


1990-2000: No início, glórias, e no fim, a primeira queda

O Bahia havia começado os anos 90 com o pé-direito, conquistando três títulos baianos, em 1991, em 1993, em 1994. Este último foi considerado um dos mais importantes, e o símbolo da raça tricolor. O Bahia havia chegado a final contra o Vitória. Ele tinha feito uma campanha regular, pois só melhorou a partir da metade da primeira fase. O Vitória havia feito uma excelente campanha. O Bahia tinha em campo grandes jogadores e ídolos, como o goleiro Jean, o zagueiro Advaldo “NBA” (tem esse apelido graças a sua altura), o lateral esquerdo Serginho, que apareceu para o futebol nacional pelo tricolor, os atacantes Uéslei, o pitbull, e Marcelo Ramos, este último considerado a maior revelação tricolor dos anos 90. Já o Vitória também tinha seus craques, como o goleiro Roger, o zagueiro João Marcelo (que havia sido ídolo do Bahia em 88 e 89), o meio-campo Ramon, e os atacantes Alex Alves e Dão. O Bahia tinha como técnico Joel Santana, e o Vitória tinha o Sérgio Ramirez. Num jogo muito disputado, apesar da pressão maior no jogo todo ter sido do Bahia, foi o Vitória quem abriu o placar, com Dão, aos 44 minutos do 1º tempo. O tricolor não se abateu, e pressionou até o fim. Até que, aos 46 minutos do segundo tempo, o milagre aconteceu. A torcida do Bahia já estava começando a sair do estádio. A torcida do Vitória já comemorava o título. Até que, Missinho lançou a bola no campo do Vitória, Adivaldo tocou de cabeça par Souza, que, tocou de cabeça para Raudinei, que recebeu a bola, e mandou uma bomba para o fundo das redes. Neste exato momento, tudo mudou de lado: a torcida do Vitória se calou, e a do Bahia passou a comemorar e soltar o grito de ”É CAMPEÃO”.
Depois disso, o time ainda conquistou mais dois estaduais, em 1998 e 1999. Em 1997, o time fez uma campanha ruim no Brasileiro, e foi rebaixado. Em 1998, escapou do rebaixamento para a Série C por muito pouco. Em 1999, fez uma excelente campanha, e só não subiu, pois não se classificou para as finais, e ficou em 3º, sendo que só subiam os 2 primeiros.


2000/2002: Agora é a vez da conquista do Nordeste

Devido a uma confusão, não houve disputa do campeonato brasileiro em 2000. Foi criado, para aquele ano, a Copa João Havelange, e nele participaram todos os clubes das séries A, B e C. Este torneio era dividido em 4 módulos, e o Bahia estava junto ao módulo dos 20 times da Série A, incluindo os 4 que subiram da série B do ano anterior, mais Bahia, Fluminense, Gama, América/MG.


Fonte Nova, onde o Tricolor de Aço










levantou a sua última taça, em 2002.
O Bahia já era o detentor de 42 títulos estaduais, dois títulos nacionais, e queria mais. Em 2001, fez uma excelente campanha na Copa do Nordeste, e chegou na decisão com o Sport. Neste jogo, foram 60.000 torcedores para a Fonte Nova, apoiar o tricolor de aço. E o Bahia não fez feio. Venceu com folga e extrema superioridade no jogo, por 3x1, com dois gols de Nonato e outro de Preto, ambos ídolos do tricolor. Aliás, em campo neste campeonato, participaram vários ídolos e grandes jogadores do TRicolor de Aço, como: Emerson, Jean Elias, Preto, Bebeto Campos, Alex Oliveira, Robgol e Nonato, além do técnico ser o Evaristo de Macedo.
Em 2002, fez novamente uma bela campanha no Nordestão. O Bahia chegou às finais com tranqüilidade. A decisão foi um Ba-Vi. Só que desta vez, o Vitória era quem tinha a melhor campanha. Em um jogo muito equilibrado, o Bahia conseguiu vencer por 3x1, com gols de Nonato, Sérgio Alves e Robgol, coincidentemente, também eram ambos ídolos do Bahia.


Procedencia da pesquisa :http://pt.wikipedia.org/wiki/Esporte_Clube_Bahia

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