domingo, 5 de fevereiro de 2012

Bahia: deputados criticam atitude de Jaques Wagner

Para parlamentares, governador deu declaração irresponsável ao culpar PMs por crimes

 

 

Diante da onda de violência na Bahia, o governador do Estado Jaques Wagner (PT), segundo matéria de capa do jornal 'Estado de S. Paulo' de domingo (5), disse acreditar que "os policiais grevistas estejam por trás" das manifestações que objetivam gerar o pânico. O político, eleito governador em outubro de 2006, entretanto, não tomou nenhuma atitude para solucionar o caos. 
Wagner teria dito que "parte disso foi ordenado por criminosos que se intitulam líderes do movimento". As declarações seriam criminosas se verdadeiras, pois não se pode admitir que uma polícia ou segmento dela, com o poder de garantir o ir e vir, seja acusada pelo governador de assassina sem que nada seja feito. O sociólogo Leonardo Boff, com sua magnífica reflexão, já aponta o que está acontecendo em nosso país.
Até este domingo, o número de mortos registrados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia em decorrência da greve já passava de 70. O Jornal do Brasil conversou com  políticos que consideram Wagner como o grande culpado pela situação.

"O governador Jaques Wagner está tendo uma postura de fuga em relação ao seu Estado", critica o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia.
Antes de ser alçado ao cargo de governador, Jaques Wagner teria financiado financeiramente, em 2001, um movimento semelhante ao que ocorre atualmente na Bahia, segundo informações do líder da greve, o ex-policial militar Marco Prisco. 
Segundo o ex-governador da Bahia e atual deputado federal (PSDB), Antonio Imbassahy, os líderes na época são os mesmo de hoje e, com eles, Wagner assumiu um compromisso que não cumpriu depois de eleito.

"A declaração dele sobre a polícia é absolutamente irresponsável. Se ele pensa isso da polícia então já devia ter tomado providências para tirar as pessoas que ele considera criminosas, afinal ele está no governo há cinco anos", afirma Imbassahy. "A causa dos PMs é justa, mas os métodos, equivocados."
Governador da Bahia na época da greve de 2001, o político Cesar Borges também confirmou o apoio de Wagner aos manifestantes. "Na época eu tinha noção clara de que a greve era política, fomentada pelos partidos de oposição que queriam lucrar com isso", explica.

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