Presidentes dos 20 CRPs assinaram oficio apoiando realização de audiência pública para esclarecer pontos sem consenso no PL do Ato Médico.
Reunidos na Assembleia das Políticas Administrativas e
Financeiras (APAF),na tarde de hoje (15), em Brasília, presidentes dos
vinte Conselhos Regionais assinaram oficio circular apoiando iniciativa
do Conselho Federal de Psicologia (CFP) a ser enviado aos senadores ,
solicitando realização de audiência pública, na Comissão de Assuntos
Sociais, para esclarecer pontos nunca consensuados no PL do Ato
Médico. O projeto foi aprovado, na semana passada, na Comissão de
Educação, Esporte e Lazer do Senado numa decisão que vai na contramão do
histórico de lutas das profissões da saúde, ignorando os avanços
conquistados no atendimento multiprofissional.
Para o Sistema Conselhos, o projeto, se for aprovado na forma como se
encontra, pode fixar reserva de mercado aos médicos, além de restringir
as atividades dos outros profissionais da área da saúde. Isso fere a
autonomia das pessoas de buscarem diretamente o atendimento com os
profissionais da saúde, pois terão que antes receber diagnóstico e
prescrição terapêutica do médico para daí serem atendidas pelas outras
13 profissões, explicou o presidente do CFP, Humberto Verona. O texto
atual do PL impede o exercício das competências das demais profissões da
saúde a pretexto de regulamentar o exercício da Medicina.
O Ato Médico retrocede ainda em relação às diretrizes e princípios
estabelecidos na Constituição de 1988 para o Sistema Único de Saúde
(SUS), compromete o modelo de saúde baseado no atendimento universal,
igualitário e integral, por equipes multiprofissionais, já em curso nos
serviços públicos de saúde.
Na semana passada, durante a votação na CE, o senador João Capiberibe
(PSB-AP) foi impedido de ler carta contrária à aprovação do PL escrita
aos parlamentares por Aloysio Campos da Paz, cirurgião-chefe da rede de
hospitais Sarah Kubitschek. Também a senadora Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM) propôs a composição de uma mesa de discussões para buscar um
consenso sobre o tema, mas a proposta não foi nem mesmo apreciada pela
senadora Ana Amélia (PP-RS), que presidia a reunião. Como justificativa,
ela lembrou que o texto não era terminativo e voltaria a ser debatido
na CAS e no Plenário.
Psicóloga (o), mobilize-se e
entre em contato com o senador do seu estado para que o PL do Ato Médico
não seja aprovado da forma como está!
Fonte:http://site.cfp.org.br/
Fonte:http://site.cfp.org.br/
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